A imagem sinaliza a entrada da Rua Luis Guaranha. Estreito beco sem saída, onde observamos uma profusão de casas uma colada a outras, algumas coloridas outras não, algumas estão pixadas ,com janelas e portas ornadas de ieras e beiras, que se debruçam sobre as calçadas, algumas estão abertas. Observa-se tambem alguns edifícios de apartamentos que podemos visualizar ao fundo da imagem. As construções deterioradas, a pintura desgastada, telhado danificado, vidros quebrados demonstram a precariedade das condições de vida do local. Circulam algumas pessoas pela rua. Outras passam e outras estão paradas encostadas junto as casas.
A rua esta asfaltada, porém o passeio do pedestre está bastante irregular, já não tem mais pavimentação deixando transparecer a terra batida. Os cachorros em número de três que aparecem na imagem convivem pacificamente com os moradores do lugar. No plano principal visualizamos uma mulher e junto a ela duas crianças que estão sendo conduzidas por suas mãos, uma do lado esquerdo e outra do lado direito.
Um observador atento a esta imagem observa as diversas camadas temporais sobrepostas: na entrada do beco uma construção de estilo modernista, assim como cada vez mais adentramos no beco percebemos um pequeno “puxado” avançando sobre o espaço da rua, novas janelas e portas abertas em locais onde antes havia paredes, alguns detalhes antigos da edificação permanecem mas outras intervenções saltam aos olhos “restos de ornamentos sobre portas e janelas, rachaduras, limo tornam manifesta a passagem do tempo”.